domingo, 31 de janeiro de 2010

As sensações da cor

Sabiam que em Londres, há locais para se tomar um "banho" de luz? Tudo para aliviar a sensação de depressão que acontece sazonalmente. Temos que arranjar um em Lisboa para quando a Ana cá vem... ;)

sábado, 30 de janeiro de 2010

As curiosidades sobre a temperatuda da cor

Amir Klink, um navegador brasileiro, contou uma vez que, navegando em lugares gelados, enfrentava um problema sério porque o mastro do seu barco congelava. Certo dia, comendo um chocolate, notou que a embalagem não criava a crosta de gelo. Decidiu então pintar o mastro de preto e nunca mais teve o problema do seu mastro congelar.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A temperatura da cor... Tem que se lhe diga

As cores, de facto, provocam calor ou frio. Um estudo feito num posto de abstecimento de gasolina mostrou que a evaporação nos tanques que eram vermelhos diminuiu cerca de 3% quando esses tanques foram pintados de branco. Claro, as cores escuras absorvem muita luz! E como tal provocam calor.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Teoria da temperatura da cor

Continuando... A temperatura do objeto está associada aos comprimentos de onda que emite. Na temperatura ambiente, os corpos negros emitem infravermelho, logo não perceptível pelo olho humano. Mas logo que começamos a aquecê-los, estes corpos negros começam a emitir uma radiação em comprimentos de onda vísiveis: começando no vermelho, passando pelo amarelo e finalmente acabando no azul. Continuando a aquecer o objecto este passa a emitir em comprimentos de onda do ultravioleta.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mais teoria da cor

Então o que é um corpo negro? Pelo que percebi... É todo o objecto que absorve toda a luz (em qualquer comprimento de onda). Mas à medida que esse corpo negro é aquecido vai emitindo radiação... Medindo o espectro dessa reflexão, podemos verificar que à medida que o corpo é aquecido vai emitindo diferentes radiações, desde o infravermelho ao ultravioleta. O que nos interessa neste momento é a cor... Por isso, no espectro das cores perceptíveis, à medida que o corpo negro é aquecido este emite cores do vermelho até ao violeta.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A temperatura de cor...

Todos julgamos que a temperatura de cor se refere à sensação que temos quando vemos determinada cor. Existe sem dúvida uma "correspondência" psicológica. Todos nós nos sentimos mais "aquecidos" quando vemos cores quentes (amarelo, cor de laranja, vermelho) e mais frios nas cores frias (azul, verde). Eu pessoalmente sinto "rubro" de vergonha e horror com o vermelho (ou encarnado) e vibro de emoção e Amor com o verde. E cada um de nós terá uma reacção diferente conforme a nossa "experiência" com a cor. Mas a teoria da temperatura de cor baseia-se MESMO na temperatura necessária para atingir determinada cor. Mais concretamente a cor de um objecto é determinada através de uma analogia entre a cor da luz emitida por um corpo negro que vai sendo aquecido até à temperatura expressa em graus Kelvin e a cor que estamos a comparar.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Viva o Google...

Realmente encontramos tudo no Google...
Hoje ouvi o "Cicrano" a dizer: "Esta cor está muito saturada".
Saturado de não saber, fui pesquisar:
Então o que é a saturação de uma cor?
Descobri que a cor tem dois componentes únicos que a separa da luz acromática (preto e branco): tom e saturação. Descrever cores usando estes conceitos pode ser ilustrado através do espectro de cor da luz. Depreendi dos blogs dos meus Caríssimos Co-Mestrandos que as cores que vemos não são compostas de luz de apenas um comprimento de onda. Há uma grande gama de comprimentos de onda. O conceito de tom de uma cor descreve, basicamente (ou não tanto), qual comprimento de onda mais dominante.
Um pequeno exemplo que encontrei: note-se este espectro com tom azulado.
O objecto cujo espectro é mostrado em coma seria percebido como azulado, mas conseguimos perceber vários outros comprimentos de onda. A saturação de uma cor, por seu lado, é a medida de sua "pureza" (digamos assim).
Uma cor muito saturada é uma cor que contém um conjunto muito estreito de comprimentos de onda e aparenta ser muito mais pronunciada que uma cor similar mas menos saturada. O seguinte exemplo ilustra o espectro para uma cor azul mais saturada que a do exemplo anterior.
E agora sei eu e sabemos nós.

AHA! Descobri e percebi porquê...

Como toda a gente sabe (ou tem umas "luzes" - passe o trocadilho) as cores perceptíveis podem ser criadas misturando cores primárias. Essa mistura ou combinação pode ser aditiva ou subtractiva.
Então o que vem a ser isto? O processo aditivo cria cores adicionando luz a um fundo preto. Inversamente, o processo subtractivo usa pigmentos ou tinturas para, selectivamente, bloquear a luz.
Combinação aditiva
Combinação subtractiva
Ora, as cores dos círculos exteriores são as primárias e são diferentes em cada um dos diagramas.
Então agora a questão da aula de dia 9 de Janeiro:
1. Os monitores de computador emitem luz para produzir cores, logo produzem-nos através do processo aditivo;
2. Na impressão offset (ou digital ou qualquer outra), por outro lado, usamos tinta, ou melhor pigmentos, com o intuito de absorver a luz, e assim produzem cor pelo processo subtrativo.
Deste facto simples (mas extremamente de complicado para nós explicarmos na referida aula) decorre que a grande maioria de monitores usa uma combinação de pixels vermelho, verde e azul (o que é comumente chamado de RGB, do inglês "red, green and blue"). As impressões, por sua vez, são feitas (pelo menos) com tintas das cores Cião (C), magenta (M) e amarelo (Y). Claro que também utilizamos a tinta preta (K, que para quem não sabe vem de "blacK"), porque uma combinação de CMY não é capaz de produzir preto profundo. No fundo o K é só para dar uma ajudinha visto que a combinação CMY dá preto.
Espero que tenha sido elucidativo.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pantone e Apple: Uma daquelas parcerias

Então parece que o iPhone vai ter uma aplicação útil... Finalmente! Lol...
Parece que a Pantone criou uma aplicação para o iPhone, através da qual podemos consultar os diferentes catálogos da Pantone, inclusivamente os novos Goe.
Esta nova aplicação, fazendo uso das capacidades técnicas do iPhone, terá uma grande facilidade de utilização. Com o dedo vamos passando pelas várias páginas do catálogo, bastando carregar na que pretendemos para nos aparecer a página apliada, assim como o próprio Pantone.
Podemos inclusivamente escolher até 5 Pantones para incluir numa "página" personalizada. Não é limitador como parece... É mesmo pelo tamanho do iPhone. É o que dá para colocar para uma boa visualização.
Agora atenção a um aspecto (muito) importante: o visor (ou será monitor) do iPhone pode não apresentar as cores correctamente e não pode ser calibrado. Deve ser utilizado como um instrumento comparativo e não de decisão efectiva.
Mas sempre é melhor que carregar com o "mastronço" dos livros de Pantone, não é?
Agora já vejo uma utilidade para o iPhone... Ou será que a Pantone vai preparar este software para outros telemóveis? Isso é que era.

Contas para poupar tinta?

Descobri na internet (esta fonte infindável de informação) que uma empresa de software de RIP e materiais de prova, a Fine Eye, desenvolveram um novo algoritmo para a separação de cor. Segundo esta empresa, a matemática que a industria usa tem mais de um século e precisava de ser revista.
O seu principal objectivo, segundo fonte da empresa, era melhorar a separação de cor. Mas parece que a consequência involuntária (contudo bem vinda) foi uma poupança no consumo da tinta em si.
Neste mesmo site arguiam, com toda a razão, que eles estariam certos quanto mais não seja porque já não usamos a mesma tinta, o mesmo papel nem as mesmas máquinas para imprimir. Talvez um novo algoritmo estivesse em falta.
Claro que a tinta, por si só, não tem um grande peso no cômputo geral dos custos de um trabalho, ainda para mais com a verificável (e tendencial) diminuição do número de tiragens e do formato de impressão. Mas poupança é sempre poupança! E fico contente com a diminuição do impacto ambiental que se pode verificar com a diminuição das tintas nos trabalhos... E tenho co-mestrandos que ficarão extasiados, mesmo!
Confesso, de forma sincera, a minha ignorância face à matemática desta solução. Mas achei interessante saber como é que será possível com menos tinta obter os mesmos (e a Fine Eye diz que até são melhores) resultados na impressão. Até parece desafiador das estabelecidas regras da física.
Espero que o seminário de cor digital me possa ajudar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Importância do densitometro

Um densitometro é o aparelho que nos permite medir, essencialmente, a luz reflectida de um determinado suporte.
A partir das medições feitas, o aparelho filtra o reflexo e calcula a densidade da tinta, e permite um controlo sobre o tamanho do ponto a cada medição.

Após a afinação da quantidade de tinta a ser aplicada, a pressão a ser exercida pelos rolos da tinta e a respectiva adequação da molha, de acordo com as especificações técnicas do trabalho, a utilização de um densitometro permite-nos controlar a manutenção dos parâmetros por forma a consigamos uma uniformidade de cor ao longo da tiragem.

É por este motivo, essencialmente que o densitometro é um aparelho extremamente importante para mantermos a qualidade de impressão do primeiro ao último plano impresso.

Pantone: Uma referência (Parte 4)

E agora duas curiosidades:
As cores PANTONE são tão exactas que até estão contempladas na legislação de alguns países no que respeita às cores das suas bandeiras. Por exemplo, o Parlamento da Escócia debateu o estabelecimento do Pantone 300 como a cor da sua bandeira. Da mesma forma, outros países como Canadá e Coréia do Sul indicam cores PANTONE específicas para produção dos seus símbolos nacionais
E sabem qual foi A Cor de 2009? O Amarelo. O Pantone Color Institute, a autoridade mundial em cor, determinou que a cor de 2009 teve como inspiração o calor Sol e a cor da flor da árvore Mimosa, que encontramos na Austrália. Inclusivamente o Instituto determinou o nome da cor como Mimosa.

Pantone: Uma referência (Parte 3)

A genialidade da ideia teve os seus frutos.
Enquanto o processo CMYK é o método padrão para impressão da maioria dos materiais do mundo, o sistema PANTONE é baseado em uma mistura específica de pigmentos para se criar novas cores.
Com este sistema podem criar-se cores especiais como cores metalizadas e fluorescentes.
E como tratou as cores como números, sem referências regionais ou de aplicação restrita, tornou-se efectivamente universal.
Sendo um numero, a cor não está sujeita à subjectividade de cada individuo, região ou Nação. O Pantone 655 é igual em Portugal, no Japão, no Suriname e na Guiana Francesa.

Pantone: Uma referência (Parte 2)

No post anterior vimos que o primeiro catálogo Pantone foi publicado em Setembro de 1963.
Mas o que é afinal o catálogo Pantone?
O catálogo Pantone é um pequeno manual de cores padrão em forma de leque.
Ciente que o espectro de cores é visto e interpretado de forma diferente por cada pessoa, Herbert idealizou, inventou e publicou o PANTONE MATCHING SYSTEM (popularmente conhecido como Guia Pantone).
Assim temos um pequeno livro unido num só ponto (que nos permite abri-lo em forma de leque), com várias "tiras" de papel com vários tons de cada cor impressos na frente.
A cada tom, Herbert atribuiu um código e desta forma sistematizou as cores, tornando a sua utilização uniforme em todo o mundo.
Assim, o Cliente poderia pedir à gráfica para imprimir o Pantone 655 e esta teria as indicações precisas sobre a composição da cor no sentido de produzir exactamente o que o Cliente lhe pedia.
Um sistema tão genial pela sua simplicidade.

Pantone: Uma referência

Como fã do sistema Pantone, dedicar-lhe-ei as minhas primeiras entradas.
Um breve resenha histórica da sua criação e desenvolvimento.
Tudo começou em 1963, quando Lawrence Herbert publicou o primeiro catálogo de cores.
Este catálogo foi fruto de uma visão de Herbert enquanto trabalhava na sua empresa em Manoochie, Nova Jérsia, que se dedicava à impressão de catálogos de cor para a industria de cosméticos.
Conhecendo os problemas que a comunidade das artes gráficas tinha associados com a produção precisa de combinações de cores, Herbert teve a inspiração de criar o primeiro sistema de identificação, combinação e comunicação de cores.
Iniciando a prosecução da sua visão em 1962, foi em Setembro de 1963 que publicou o primeiro catálogo Pantone.
Mais sobre este assunto em posts posteriores...

Início das hostilidades...

Let the games begin, como diria o outro. Estava mais que visto que seria impelido a fazer parte da blogoesfera (é assim que se escreve?). Sempre fui muito céptico deste canal de comunicação... Os riscos que implica usá-los como fonte de informação sempre me afastaram deste meio. Mas agora cá estou. O que tem que ser tem muita força, diria outro ainda. E por isso me dedicarei à publicação de textos dedicados à cor. Como eu (até há uns dias atrás), a maioria diria "Sobre a cor?! Pfff. Deve haver muita coisa a escrever, deve!". Mas olhem que há! Vamos lá ver como me saio nesta nova tarefa/aventura bloggiana.